quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Como descobrir problemas auditivos nos bebês?



TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL UNIVERSAL (TANU)
Através da recomendação 01/99 do comitê brasileiro sobre perdas auditivas na infância,todas as crianças devem ser testadas ao nascimento ou no máximo três meses de idade e, em caso de deficiência auditiva confirmada,receber intervenção educacional até 6 (seis) meses.
Detecção precoce como justificativa
A incidência de perda auditiva bilateral significante em neonatos saudáveis é estimada entre 1 a 3 neonatos em cada 1000 nascimentos e em cerca de 2 a 4% nos provenientes de Unidades de terapia intensiva.
Dentre as doenças passíveis de triagem ao nascimento, a deficiência auditiva apresenta alta prevalência (fenilcetonúria 1:10.000,hipotireoidismo 2,5:10.000, anemia falciforme 2:10.000, e surdez 30:10.000).
O fracasso em indentificar as crianças com perda auditiva resulta em diagnóstico e intervenção em idades muito tardias.
No brasil, a idade média de diagnóstico varia em torno de 3 a 4 anos de idade (ines 1990),podendo levar até dois anos para ser concluído (nóbrega,1994).
Tendo em vista que a audição normal é essencial para o desenvolvimento da fala e da linguagem oral nos primeiros seis meses de vida, é necessário identificar as crianças com perda auditiva antes dos três meses de idade e iniciar a intervenção até os seis meses (national institutes of health,1993, joint committee on infant hearing,1994 e american academy of pediatrics - aap.1999).
Portanto, para garantir o acesso da maioria das crianças à intervenção precoce, o comitê recomenda a opção de avaliá-las antes da alta da maternidade e para os nascidos fora do hospital,a avaliação deverá ser feita até três meses de idade.
Que crianças devem ser detectadas?
O programa tanu tem como objetivo avaliar todos os recém-nascidos (rn). A metodologia deve detectar todas as crianças com perda auditiva igual ou maior a 35 db na no melhor ouvido. A aap recomenda a utilização de métodos elétrofisiológicos em ambas as orelhas e considera um programa efetivo quando são avaliados no mínimo 95% do total de nascimentos.
Que métodos podem ser utilizados?
Na atualidade dois métodos eletrofisiológicos demonstram boa sensibilidade para atingir este objetivo: o potencial auditivo de tronco encefálico-paete e as emissões otoacústicas evocadas-eoae.
Cada um destes testes possuem vantagens e desvantagens.entretanto, superam a triagem auditiva comportamental na detecção de perdas leves ou unilaterais. Mediante a impossibilidade da utilização dos métodos eletrofisiológicos citados,é possível a aplicação do protocolo dos indicadores de risco associado à observação do comportamento auditivo e pesquisa do reflexo cócleo-palpebral,ressalvadas as devidas limitações desse procedimento (perdas leves ou unilaterais).
A preocupação com a audição não deve cessar com o nascimento.qualquer criança pode desenvolver uma perda auditiva progressiva ou ser de risco para alteração do processamento auditivo central.
Crianças que apresentarem qualquer um dos indicadores de risco para surdez devem receber monitoramento para pesquisas de perdas progressivas através de programas de acompanhamento audiológico (asha,1989).

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